“A integridade dos justos os guia, mas a falsidade dos infiéis os destrói. [...] A retidão dos irrepreensíveis lhes abre um caminho reto, mas os ímpios são abatidos por sua própria impiedade” (Pv 11.3,5).

A vida tem maneiras curiosas e dramáticas de nos colocar contra a parede. Muitas vezes, temos de tomar decisões difíceis cujo custo nos faz lembrar a expressão “entre a cruz e a espada”. Entretanto, por mais difíceis e complexas que sejam as duras circunstâncias da vida, há pelo menos uma constante: o certo é fazer aquilo que é honesto, mesmo que haja um custo para isso. Os versículos 3 e 5, por falarem do mesmo assunto, estão aqui unidos, ainda que em uma exegese mais aprofundada eles tenham diferenças notáveis.

Ao comparar a primeira parte de cada versículo, percebemos que a “integridade” ou a “retidão” dos justos “os guiam” por “um caminho reto”. Esse caminho não é necessariamente o mais fácil — quase nunca é. Mas é aquele que o faz permanecer de pé quando seus atos são avaliados, quando ele está diante das autoridades e quando suas ações e suas intenções são perscrutadas por Deus. Por isso, mesmo que haja um custo para ser honesto, o resultado final é a aprovação do seu caráter pelos homens e pelo Senhor, o que, obviamente, torna tal homem um sábio diante de Deus.

Por outro lado, a “falsidade” e a “própria impiedade” dos ímpios “os destroem”. Isso porque nem sempre é possível esconder os meios utilizados para enganar, fraudar ou usurpar o que é indevido. Ainda que esses expedientes possam parecer, à primeira vista, uma saída fácil e vantajosa, suas consequências são pesadas e causam sofrimentos nos tolos que as utilizam. Ademais, o segredo mais bem guardado é como um cartaz diante de Deus, já que nada há escondido que ele não saiba. Por isso, independente das dificuldades e do preço de cada decisão da vida, a escolha certa é sempre a verdade e a honestidade, às quais Deus conhece e aprova.