“Quando vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está com os humildes” (Pv 11.2).

Trabalho em equipe sempre traz desafios e dificuldades aos participantes. A razão disso é que nunca — ou quase nunca — os integrantes da equipe concordam em tudo ou têm a mesma visão sobre o trabalho, os objetivos e o modo de conduzir as soluções. Por isso, uma das barreiras, longe de ser a falta de unidade de pensamento, é a dificuldade que as pessoas têm de ceder em suas opiniões a fim de acomodá-las às ideias dos outros. Uma boa equipe tem justamente isso como um dos seus pontos fortes. Os grupos que não o têm, costumam durar pouco ou enfrentam problemas difíceis e desnecessários.

Pelas palavras hebraicas utilizadas nesse texto para se referir ao orgulho e à humildade, é justamente disso que Salomão trata aqui. Em primeiro lugar ele fala da atitude orgulhosa de uma pessoa que não aceita que haja um plano ou uma ideia melhor que a dela e não admite mudar de posição. “Os outros que mudem” — pensa o orgulhoso. E ao fazê-lo, imagina estar promovendo um grande bem ao grupo, já que ele não vislumbra a ideia de alguém saber mais que ele, ou sugerir algo melhor. E como ele não “arreda o pé”, o resultado é que “chega a desgraça”. O texto não diz, mas essa pessoa orgulhosa e teimosa é também tola.

O sábio nesse texto são o homem ou mulher descritos na segunda parte, a qual os qualifica como “humildes”. Esses são também aqueles que portam consigo não a tolice do primeiro, mas a “sabedoria”. Assim sendo, trata-se de pessoas que querem fazer parte de um grupo e não sobrepujá-lo. Não querem destaque para si, mas o bem do grupo e o resultado almejado. São pessoas tratáveis, respeitosas, amorosas e de fácil convivência. Como não se acham melhor que os outros, estão sempre prontos para aceitar novas ideias que condigam com a glória e a honra de Deus. São ótimos servos do Senhor. Qual dos dois é você?