“Como é feliz o homem que acha a sabedoria, o homem que obtém entendimento, pois a sabedoria é mais proveitosa do que a prata e rende mais do que o ouro. É mais preciosa do que rubis; nada do que você possa desejar se compara a ela” (Pv 3.13-15).
Onde será que está a felicidade? Certamente, não está na incredulidade, pois o incrédulo assumido Voltaire escreveu: “Eu gostaria de nunca ter nascido”. Também não está no prazer, pois Lord Byron, que viveu uma vida de prazer, escreveu: “O verme, o cancro e a tristeza são só meus”. Não está no dinheiro, já que o milionário Jay Gould, pouco antes de morrer, disse: “Acho que eu sou o homem mais miserável na Terra”. Não está na posição e na fama, pois Lord Beaconsfield, que tinha muito de ambos, escreveu: “A juventude é um erro; a masculinidade, uma luta; a idade avançada, um pesar”. Também não está na glória militar, pois Alexandre, o Grande conquistou o mundo conhecido de sua época e chorou na sua tenda, dizendo: “Não há mais mundos para conquistar”. Onde está, então, a verdadeira felicidade?
Salomão poderia responder a essa pergunta de modo muito melhor que todos esses homens acima, pois exclama: “Como é feliz o homem que acha a sabedoria”. No mundo moderno, essa frase pode ser compreendida como uma capacitação pessoal que constitui uma receita infalível para ganhar muito dinheiro, fama e prazer, mas não é disso que o escritor está falando. A chave de interpretação para o conceito da “sabedoria” em Provérbios é dada pelo escritor, logo no início do livro, ao associá-la ao “temor do Senhor” (Pv 1.7). Por isso, “o homem que obtém entendimento” não é uma pessoa que faz necessariamente um curso superior, um mestrado ou um doutorado, mas alguém que conheceu Deus pela fé e passou a temê-lo amorosa e reverentemente. Esse é o sentido da verdadeira felicidade por causa do que ela produz imediatamente na vida do servo do Senhor e por causa do que ela ainda produzirá no futuro. Afinal, a sabedoria vem de crer nos ensinos de Deus e na sua salvação por meio de Cristo.
Nesse sentido, Salomão oferece uma ótima base de comparação para o leitor compreender quanto vale o benefício da sabedoria de entregar a vida ao salvador, dizendo que “a sabedoria é mais proveitosa do que a prata e rende mais do que o ouro. É mais preciosa do que rubis”. Essa é a verdade que muitos homens poderosos, ricos, famosos e influentes, do passado e do presente, não conheceram e que, por isso, enfrentaram um grande vazio em sua vida. É claro que recursos úteis e uma boa aceitação social facilitam muito a condição das pessoas, mas Salomão afirma incisivamente, a respeito da sabedoria, que “nada do que você possa desejar se compara a ela”. Infelizmente, os desejos naturais do homem priorizam a satisfação pessoal e não a comunhão com Deus, o que torna a sabedoria de crer no Senhor o maior bem que o homem pode encontrar. O que vale na vida não é aquilo que experimentamos nela, mas o que podemos usufruir ao deixá-la. Por isso, creia em Cristo e conheça a verdadeira felicidade.