“A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe” (Pv 29.15).
Uma amiga há muitos anos leu um livro que dizia que os pais não podem corrigir ou disciplinar seus filhos pequenos por estarem na fase da descoberta do mundo, de modo que a correção reprimiria seu desenvolvimento. Para dizer a verdade, tentei avisá-la de que isso era o oposto do que deveria fazer, mas ela achou que meu conselho não era tão confiável quanto o do livro. Então, pôs seu plano em ação, deixando sua filha fazer tudo que quisesse, sem qualquer correção. Em três anos, a pequena se tornou uma das crianças mais desobedientes e insuportáveis que já conheci. Quando minha amiga não podia mais suportar a situação, pediu meu conselho e eu sugeri que ela passasse a corrigir sua filha. Foi uma longa jornada, mas, cerca de dois anos depois, a menina era outra pessoa.
A verdade é que a psicologia moderna tem introduzido bombas-relógio na educação de crianças e adolescentes dos nossos dias. As coisas estão tão de pernas para o ar que até mesmo escolas têm posto em prática algumas filosofias didáticas que evitam ensinar valores absolutos para os alunos, deixando-os livres para aprender e crer no que quiserem e no que gostarem mais. Mas Salomão já avisou muito tempo atrás que “a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe”. Isso é apenas questão de tempo, já que o mesmo escritor diz que “a insensatez está ligada ao coração da criança” (Pv 22.15a). Essa é a razão pela qual os pais têm a santa responsabilidade de corrigir os erros e os maus impulsos dos seus filhos, permitindo que eles sejam mais livres para aprender o bem e desenvolver suas habilidades e seu caráter a fim de serem pessoas boas numa sociedade que precisa e clama por gente assim.
Infelizmente, a boa educação infantil está se tornando cada vez mais rara, em parte devido a essas doutrinas educacionais malignas e em parte por pura negligência e preguiça paterna. Parece que muitos pais preferem deixar seus filhos em frente à televisão e à Internet o dia todo em vez de ensiná-los a partir de um relacionamento consistente. Se os pais agissem mais desse modo hoje em dia, saberiam como é verdade o ensino que diz que “a vara da correção dá sabedoria”. Essa é uma parte difícil da educação, pois nenhum pai normal executa tal tarefa com alegria ou facilidade, mas todos os bons pais o fazem mesmo sendo difícil e doloroso. Os bons pais fazem isso porque querem o melhor para seus filhos e porque sabem que as orientações divinas a esse respeito valem para todas as eras e culturas. Ao mesmo tempo, sempre o fazem em amor, tomando o devido cuidado para ensinar os filhos sem lhes prejudicar em nada, seja em sua saúde ou em sua confiança nas suas capacidades e no seu caráter. É um preço duro de pagar, mas é uma compra certa de se fazer. Ou você pode experimentar a opção da psicologia moderna e lamentar depois. Você escolhe!