“O rei que exerce a justiça dá estabilidade ao país, mas o que gosta de subornos o leva à ruína” (Pv 29.4).
O ano de 2015 não começou nada bem para o Brasil. Os escândalos da Petrobras encheram os meios de comunicação, tanto nacionais como internacionais. É claro que os brasileiros gostaram de ver as máscaras dos corruptos caindo enquanto eles eram indiciados e presos. Porém, o envolvimento de muitos políticos nessas falcatruas, somado aos rombos nos orçamentos governamentais, fez com que os mercados financeiros perdessem a confiança nos investimentos no País e uma bola de neve começasse a rolar morro abaixo, culminando no aumento da inflação, na desvalorização do real e no crescimento do desemprego. É impressionante como as falcatruas dos políticos são sempre cobradas da população inocente.
Tudo que os empresários, os trabalhadores e até as donas de casa querem agora é o retorno da estabilidade econômica com a qual nos acostumamos nas últimas duas décadas. Mas, para isso, não é preciso apenas novos pacotes econômicos e fiscais, mas uma profunda transformação no cenário político nacional, pois Salomão observa que somente “o rei que exerce a justiça dá estabilidade ao país”. Isso significa que os bons rumos de uma nação vêm, em parte, de questões técnicas que envolvem economia, investimentos, infraestrutura e política monetária. Mas outra parte vem da própria confiabilidade que os políticos inspiram por causa da sua capacidade de gerir os recursos governamentais e também pelo seu caráter pessoal. Podemos ver que isso é verdade quando o mercado financeiro altera valores objetivos em bases totalmente subjetivas, apoiadas apenas na confiabilidade pessoal, simplesmente porque um candidato demonstra ou não a possibilidade de vencer as eleições.
Porém, a influência não é apenas positiva. Se bom líder consegue alavancar os rumos do seu país e o bem-estar do seu povo, também é verdade que o político “que gosta de subornos o leva à ruína”. Isso quer dizer que não é possível que o líder se divida entre os interesses pessoais e nacionais sem causar danos à pátria. Alguém em um cargo assim precisa ser abnegado e dedicado ao bem geral acima do bem particular pessoal. Infelizmente, é mais fácil ver as pessoas condenando a ganância dos governantes que a própria ganância na hora de escolher seus candidatos. Se não se podem aceitar políticos corruptos, também não podem haver eleitores corruptos que vendam seu voto por motivos egoístas, razão pela qual o servo de Deus tem uma responsabilidade especial nas eleições. Do mesmo modo, os salvos por Cristo têm de manter a honestidade e a honra em tudo que fazem na vida, pois uma nação é transformada de baixo para cima. A outra opção é continuar a viver de modo torto e, mesmo assim, ficar reclamando dos políticos para passar o tempo. O que você vai escolher?