“Quando os justos triunfam, há prosperidade geral, mas, quando os ímpios sobem ao poder, os homens tratam de esconder-se” (Pv 28.12).
Muitos homens famosos do passado nos legaram declarações que acabaram se tornando lemas. Certa vez, Henry Clay (1777-1852) estava prestes a introduzir um determinado projeto de lei no Congresso norte-americano, quando um amigo lhe disse: “Se você fizer isso, Clay, irá matar a sua chance de chegar à presidência”. “Mas é esse o critério que deve ser utilizado como correto?”, perguntou Clay. Ao lhe ser dito que sim, ele respondeu: “Pois eu prefiro fazer o que é certo a ser presidente”.
Infelizmente, exemplos como esse são cada vez mais raros — especialmente em nosso país. Por isso, temos experiência suficiente para entender a razão de Salomão dizer que, “quando os ímpios sobem ao poder, os homens tratam de esconder-se”. A verdade é que os injustos não desejam chegar ao poder para agir como servos das pessoas que tanto precisam da sua ajuda. Em vez disso, desejam obter tudo que sua cobiça e seu egoísmo ambicionam. É claro que suas trapaças e desmandos são notados por pessoas que acabam se levantando contra a injustiça. Mas, em vez de isso coibir os ímpios, eles lançam mão do seu poder para manter sua influência, mordomias, falcatruas e prestígio, passando a perseguir e prejudicar pessoas justas, razão pela qual esses “tratam de esconder-se”. E, para piorar, enquanto tudo isso acontece, o grupo, empresa, órgão ou governo ficam cada vez mais debilitados e prestes a sofrer uma grande ruína. É terrível ter líderes injustos, corruptos e mentirosos.
Por outro lado, o escritor afirma que, “quando os justos triunfam, há prosperidade geral”. Tendo o caráter e os objetivos contrários aos dos ímpios, os justos não lançam mão do poder para obter benefícios próprios, mas para honrar sua função de agir em benefício dos indefesos. Eles sabem que, como líderes, de alguma forma compartilham da autoridade que Deus lhes delegou para cumprir seus propósitos, de modo que, quando desempenham bem e honestamente o seu papel, também servem a Deus e honram seu nome. É claro que para tanto, ou seja, para lidar com todas as tentações e pressões de cargos de liderança sem se deixar corromper, é preciso ser transformado pela fé em Cristo antes. Por isso, se você já foi transformado pela fé salvadora, jamais aceite fazer parte de alguma falcatrua ou mentira, nem seja negligente com a liderança que Deus compartilhou com você. É melhor agir certo do que ser presidente.