Leitura do dia (para ler a Bíblia inteira em 1 ano):Mateus 19.16-30; Números 11–12; Eclesiastes 8
Reflexão do dia:Provérbios 28.27
“Quem dá aos pobres não passará necessidade, mas quem fecha os olhos para não vê-los sofrerá muitas maldições” (Pv 28.27 NVI).
Em minha infância, eu sempre fiquei muito impressionado com uma senhora que gostava de ajudar a todos. Era impressionante como ela se preocupava com as dificuldades de cada pessoa que conhecia e como não media esforços para ajudar. Ela tinha uma boa estabilidade financeira, mas isso somente era razão de ela repartir sua prosperidade com os outros em vez de guardar tudo para si. Contudo, alguns anos depois ela sofreu um problema de saúde e gastou sua riqueza em tratamentos e cuidados. Quando seu dinheiro acabou, eu pensei que não havia solução para ela, até notar que nunca lhe faltou nada, pois todas as pessoas que ela ajudou no passado passaram a cuidar dela por todo o restante da sua vida. Na época eu disse que sua bondade agiu como uma caderneta de poupança que rendeu até o fim da sua vida.
Parece-me que essa senhora, temente a Deus, comprovou algo que Salomão disse há muito tempo atrás, quando ensinou que “quem dá aos pobres não passará necessidade”. É claro que, na história que eu contei, tudo parece transcorrer de modo simplesmente social, do tipo “uma mão lava a outra”. Mas outro texto responsabiliza o Deus bondoso pelo cuidado que ele tem com seus bons servos, dizendo que “quem trata bem os pobres empresta ao Senhor, e ele o recompensará” (Pv 19.17). É claro que isso não funciona como um tipo de barganha em que pessoas gananciosas ajudam terceiros sem amá-los de fato, mas amando a si mesmo e aos benefícios que espera receber. Deus não se deixa enganar e tem um cuidado especial pelo seu povo transformado pela fé em Jesus. Por isso, ele acaba por cuidar de pessoas que, com o coração renovado, agem como Cristo agiria, ajudando quem precisa de auxílio.
Por outro lado, o escritor também afirma que “quem fecha os olhos para não vê-los sofrerá muitas maldições”. Fica claro que ele não está tratando de algum tipo de superstição, mas de um tratamento vindo de Deus a quem se torna repreensível ao valorizar mais seus bens pessoais que as pessoas ao seu redor. Isso quer dizer que o egoísmo, a ganância e o individualismo, ainda que possam trazer benefícios imediatos, plantam uma semente de juízo que crescerá e dará seus amargos frutos mais cedo ou mais tarde. Isso, por si só, deveria fazer minguar todos os impulsos gananciosos que vemos na atualidade com uma roupagem de falsas igrejas — algo que aguarda seu castigo. Mas os servos de Deus não podem nem beirar tais impulsos, devendo se compadecer daqueles que precisam de ajuda e aproveitar tais ocasiões como oportunidades de testemunhar o maravilhoso amor de Cristo. Isso é como uma caderneta de poupança de rende dividendos eternos para a glória de Deus.