Leitura do dia (para ler a Bíblia inteira em 1 ano):João 8.1-20; 2Crônicas 1.1–2.16; Zacarias 14
Reflexão do dia:Provérbios 19.1
“Melhor é o pobre que vive com integridade do que o tolo que fala perversamente” (Pv 19.1 NVI).
Na cidade norte-americana de Jackson, Mississippi, três rapazes chegaram atrasados na escola, cerca de dez horas da manhã. Eles, na verdade, se atrasaram porque estavam pescando. Entretanto, deram como desculpa um incidente com um pneu do carro, o qual afirmaram ter furado a caminho da escola. O professor simplesmente os separou e lhes aplicou um teste muito simples. Disse a cada um deles: “Este teste tem apenas uma pergunta e eu lhe darei trinta segundos para responder”. A pergunta era: “Qual pneu?”. O professor era bastante perspicaz. Não houve dúvida quanto ao resultado do teste. Os meninos se mostraram mentirosos. A trapaça que eles achavam ser infalível se transformou em sua armadilha.
Salomão escreve aqui um provérbio intrigante, já que a comparação que faz não é óbvia, nem faz muito sentido à primeira vista. Isso porque ele antepõe o “pobre” ao “tolo”. Seria de se esperar uma comparação entre o sábio e o tolo, ou entre o pobre e o rico. Mas essa discrepância é apenas aparente. Na verdade, o tolo não é anteposto ao pobre, mas sim ao homem “que vive com integridade”, o que, no livro de Provérbios, é o mesmo que dizer “sábio”. Por isso, apesar de o texto dizer que “melhor é o pobre que vive com integridade do que o tolo que fala perversamente”, ele quer dizer que é melhor ser sábio, ainda que isso custe ao prudente a prosperidade, do que ser um tolo que enriquece perversamente, já que obtém uma vida próspera enganando, mentindo, cobiçando e tomando o que não lhe pertence.
A primeira lição é que a riqueza obtida por meios reprováveis traz, mais cedo ou mais tarde, consequências muito tristes para o tolo. Caso contrário, não seria dito que é melhor ser pobre, principalmente sabendo como é difícil a pobreza, em especial nos dias antigos. A Bíblia é frequente em dizer que o Senhor sustenta os justos e fiéis, de modo que a pobreza não é, de modo algum, pior que a infidelidade. A outra lição é que a sabedoria e a justiça têm um custo a ser pago pelo servo de Deus. Esse custo se deve ao fato de o crente não poder abrir para si exceções no quesito honestidade, mesmo que isso lhe traga prejuízos — e frequentemente trás. Mas seu lucro é a comunhão com Deus e a alegria de testemunhar a provisão que vem da sabedoria e do amor do Senhor. Com ele ao nosso lado, qualquer que seja o pneu que fure, sempre seremos aprovados em seu teste.