“O que o justo almeja redunda em alegria, mas as esperanças dos ímpios dão em nada” (Pv 10.28).

Certa vez, ao início de um jogo de futebol, um atleta recebeu a bola e partiu em direção ao gol. Seu plano era driblar todos os adversários e fazer o gol logo no comecinho do jogo. Ele ficou muito encorajado ao notar que os zagueiros não lhe fizeram muita oposição, concluindo que os havia pegado de surpresa. Desse modo, ao entrar na grande área, deu um chute preciso e marcou o gol. Ao comemorar, achou estranho que nenhum companheiro o tivesse abraçado — talvez também tivessem ficado perplexos. A comemoração do artilheiro terminou quando percebeu que chutou contra a própria meta, fazendo um gol contra.

Objetivos na vida são coisas importantes. Projetos e planos muitas vezes guiam o empenho de anos para um objetivo que não pode ser atingido sem muito investimento de esforço e de tempo. Entretanto, tais objetivos têm de estar apontados para o lado certo. Um plano baseado em princípios errados e contrários a Deus acaba por desencadear uma série de desvios que faz com que a tão sonhada alegria se perca ou que, obtendo-se os objetivos, eles não satisfaçam ao coração do homem. Por isso, Salomão avisa que aquilo que o tolo espera acaba dando em nada.

Por outro lado, o justo e sábio servo de Deus não apenas sabe, guiado pelas palavras do Senhor, como perseguir seus objetivos, mas sabe traçá-los corretamente. Seus desejos e planos são dosados por aquilo que ele aprendeu sobre a pessoa de Deus e sobre sua vontade santa. Assim, não é apenas uma questão de método na busca dos objetivos, mas de construir objetivos corretos segundo os critérios do Senhor. Segundo o sábio escritor, metas assim não somente são abençoadas por Deus como “redundam em alegria”. Afinal, de que vale driblar todas as dificuldades e marcar um ponto contra tudo que realmente se espera da vida?