“Quem anda com integridade anda com segurança, mas quem segue veredas tortuosas será descoberto” (Pv 10.9).

Hoje em dia há uma grande quantidade de programas de televisão na forma de reality show que mostram o trabalho policial dos homens e mulheres da lei. De tanto assistir a eles, os espectadores começam a notar certas coisas que são bem claras aos olhos dos oficiais da lei. Um delas é a reação de suspeitos diante dos interrogatórios. Normalmente, as pessoas que não têm nada que desabone sua conduta mantêm uma atitude favorável e cooperativa. Porém, a postura defensiva e arredia de certos suspeitos revela que eles têm algo a esconder e sentem medo de que alguém descubra.

Não é preciso ser policial para aprender tal realidade. Salomão falou sobre isso afirmando que, em palavras bem conhecidas de nós, “quem não deve, não teme”. Um dos significados disso é que ele está seguro diante do escrutínio de sua vida, sabendo que nenhuma condenação justa pode lhe ser atribuída. Mas não é só isso. Segundo a palavra utilizada pelo escritor, o homem íntegro não está apenas seguro, como também se sente confiante. Ele vive tranquilo e em paz, pois sabe que sua consciência está tranquila e que Deus está a par do seu modo de proceder.

Para aquele que trilha caminhos errados, vergonhosos e desonestos, a paz não é muito pródiga. Ele sabe que é repreensível e, apesar da sua dissimulação, teme profundamente ser descoberto. O resultado de ser pego “com a mão na massa” teria resultados que, segundo alguns estudiosos, revelaria um sentido apropriado da palavra usada por Salomão: eles seriam “humilhados”. Por isso, a paz lhes foge, pois imaginam todo o tempo que alguém sabe de algo que ele esconde. A pergunta é: vale a pena viver assim, com medo e na defensiva, somente para não obedecer a Deus e fazer o que “der na telha”?