“Ouçam-me agora, meus filhos: Como são felizes os que guardam os meus caminhos! Ouçam a minha instrução, e serão sábios. Não a desprezem. Como é feliz o homem que me ouve, vigiando diariamente à minha porta, esperando junto às portas da minha casa. Pois todo aquele que me encontra, encontra a vida e recebe o favor do Senhor. Mas aquele que de mim se afasta, a si mesmo se agride; todos os que me odeiam amam a morte” (Pv 8.32-36).
O grande músico Franz Joseph Haydn (1732-1809) foi questionado, certa vez, sobre a razão de sua música religiosa ser tão alegre, ao que ele respondeu: “Quando penso em Deus, meu coração fica tão cheio de alegria que, por assim dizer, as notas dançam e pulam da minha pena e, uma vez que Deus me deu um coração alegre, ele me permitirá que eu o sirva com um espírito alegre”.
Depois de um discurso efusivo sobre as razões pelas quais os servos de Deus devem abraçar seus sábios ensinos, a Sabedoria agora fala sobre o resultado íntimo desfrutado por aquele que lhe dá ouvidos. Ela declara em bom tom: “Ouçam-me agora, meus filhos: Como são felizes os que guardam os meus caminhos! Ouçam a minha instrução, e serão sábios”. Curiosamente, a felicidade é a razão frequente pela qual os homens deixam de lado a sabedoria da Palavra de Deus para se aventurar no mundo de pecado, ignorando que, ao fazer isso, deixam de lado a própria felicidade. Por isso, o conselho é “não a desprezem”. Não são o prazer e o poder do mundo que garantem a felicidade do ser humano, mas a proximidade da sensatez das Escrituras e seus resultados na vida do servo de Deus, pelo que a Sabedoria ainda diz: “Como é feliz o homem que me ouve, vigiando diariamente à minha porta, esperando junto às portas da minha casa”.
Com tantos benefícios, o endereço da Sabedoria acaba se tornando um mapa do tesouro, de modo que ela diz que “todo aquele que me encontra, encontra a vida e recebe o favor do Senhor”. Encontrá-la significa entender seu valor, crer na sua fonte e obedecer aos seus ensinamentos, sendo um bom servo de Deus e uma pessoa sábia que se afasta do mal e se aproxima do bem. Por outro lado, a Sabedoria completa dizendo que “aquele que de mim se afasta, a si mesmo se agride; todos os que me odeiam amam a morte”. Isso quer dizer que não apenas há benefícios para quem encontra a Sabedoria, mas que também há prejuízos para quem não a encontra, ou melhor, para aquele que a rejeita. Em vez de alcançar a felicidade, falar que esse “a si mesmo se agride” é o mesmo que dizer que aquilo que ele buscava acabou sendo deliberadamente abandonado e desprezado quando reagiu negativamente à Palavra de Deus e à oferta da salvação pela fé. Toda a alegria que pessoas assim têm na vida são transitórias e insatisfatórias, ao passo que a felicidade plena, agora e para sempre, é jogada fora. Se não é assim que você quer terminar, entregue sua vida ao Senhor e siga suas orientações sábias. Aí, então, conhecerá a felicidade verdadeira que nunca morre.