“Quem permanece na justiça viverá, mas quem sai em busca do mal corre para a morte... Esteja certo de que os ímpios não ficarão sem castigo, mas os justos serão poupados” (Pv 11.19,21).

Sir Robert Watson-Watt, o escocês que inventou o radar, recebeu 140 mil dólares por sua invenção, o maior prêmio pago por uma invenção em tempo de guerra. Contudo, ele foi preso no Canadá por dirigir acima da velocidade permitida, sendo ironicamente pego por um radar. Não que sua invenção tenha sido ruim, mas o fato é que, às vezes, os homens fazem armadilhas e depois caem nelas.

Esses dois versículos apontam, de um lado, para uma realidade semelhante no sentido de que o homem que se dispõe à prática do mal “corre para a morte”. É interessante ver como a figura de alguém correndo com suas pernas para aquilo que a abaterá produz a ideia de que o homem é responsável por suas escolhas ruins. Porém, seu abatimento não se deve apenas às circunstâncias, mas a um juiz superior. Ao dizer que os “ímpios não ficarão sem castigo”, o escritor desfaz a ideia que pode surgir na mente do leitor de simples consequências de uma escolha descuidada. Ao contrário, ele entende que o castigo se deve a um julgamento moral de certo e de errado e que a consequência é, na verdade, punição divina.

Por outro lado, diante do mesmo juiz, aquele que “permanece na justiça viverá”. A razão para isso não está na capacidade de tais homens, ou em sua esperteza, experiência, competência e organização. Deve-se ao fato de eles serem “poupados” pela graça do Senhor, a qual acolhe tais homens que se unem a Deus pela fé. Por isso, quem tem planos de buscar a felicidade verdadeira, deve incluir a busca do Senhor por meio do seu Filho Jesus Cristo. Todos os outros caminhos, infalivelmente, conduzirão à condenação. Quer arriscar?